Eu vi Valsa para Bashir (Waltz with Bashir)

Sabe, no geral acho os filmes vencedores/indicados ao Cannes chatos. É, talvez seja um preconceito – ou mesmo ignorância da minha parte – fala isso, mas dos filmes mais chatos e pseudointelectais que assisti até hoje, todos sempre me marcaram por aquela indicação ao Cannes. Mesmo isso sendo quase uma regra, é preciso lembrar que toda regra tem sua exceção, e hoje eu assisti a uma delas: Valsa para Bashir.

Valsa para Bashir é uma animação israelense criado pelo diretor Ari Folman. Com um traço único – que infelizmente não sei precisar se é do próprio diretor, pois os créditos do filme estão em hebraico – Ari Folman conta sua própria história, começando um dia em um bar, onde um amigo lhe conta sobre um pesadelo recorrente, onde ele é perseguido por 26 cães, sendo que ele próprio olembra que esses cães foram os que ele havia matado durante um cerco a uma vila durante a Guerra do Libano quando ambos então serviam ao Exército Israelense. Conforme a conversa transcorre, Folman se dá conta que por uma única cena em um massacre numa praia ele não guarda nenhuma outra lembrança desse período da sua vida. Ari passa então a correr atrás de velhos companheiros de farda e passa a reviver os horrores da guerra.

Valsa para Bashir é um verdadeiro documentário em forma de animação, e engana-se que pense que pelo fato do diretor der judeu que o filme é parcial, ao contrário, ele até carrega umas críticas bem contundentes ao exército de Israel e a Falange, milícia cristã apoiada por Israel durante a guerra.

Eis ai um filme bom e que merece muito ser assistido!

Sem comentários: