Enquanto isso no Rio de Janeiro...

“É muito difícil mesmo. Perder ela assim, por uma guerra que não é nossa, é do governo do estado, é difícil”

Essa frase foi pelo marido da mulher morta ontem na Penha, durante a troca de tiros entre policiais e traficantes (caso não saiba da história, você pode se inteirar sobre, lendo a reportagem aqui).

Pessoalmente eu fiquei impressionado com o nível de alienação que o cidadão moderno chegou. “uma guerra que não é nossa”, diabos, se a guerra não é nossa, de quem é? Do governo? Quem é o governo? Seremos meros espectadores das notícias tristes que abundam pelos jornais do país? Onde esta o nosso poder de interferir no ambiente ao nosso redor?

Na minha opinião isso só ressalta o nível de covardia e descaso a que o povo brasileiro chegou. Falam que drogado – o maconheiro, o cheirador ou seja quem for - não é criminoso. Pombas, ela é que fornece o dinheiro para que o tráfico possa comprar armas capazes de derrubar helicópteros! Se ele não é crimonoso o que é? Cliente? Se for assim, o traficando não seria um mero empresário? Sobre os que vivem nas favelas, dizem que apenas 5% são criminosos e que os demais 95% são pessoas de bem que apenas vivem por lá, quer dizer, vivem por lá mas se que se aproveitam de todas as benesses proporcionadas pelo tráfico, como andar de graça em ônibus, TV a cabo de graça, ligações clandestinas de luz e etc.
O povo brasileiro cada vez mais se afunda no estigma do Zé carioca, se tornando hipócrita, mentiroso e covarde. Abrindo mão de sua vontade, se colocando como um mero joguete nas mãos dos governantes, traficantes, padres, pastores e toda uma gama de vadios prontos a se aproveitar dessa gente pequena que habita as terras de São Sebastião.

Mas enfim... a copa é a nossa, as olimpíadas também. Façamos como nosso presidente, viremos a cada para o lado, falemos “não sabíamos de nada” e cantemos “cidade maravilhosa...”

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