Karate Kid - remake

Assisti hoje ao novo Karate Kid. Sei que esse é um título bem polêmico, principalmente para nós que assistimos ao clássico de 84 (com suas dúbias questões de moralidade, que não cabe aqui registrar). De qualquer maneira, o novo blockbuster, estrelado por Jackie Chan e pelo filho do Will Smith, surpreende. Ao menos a mim surpreendeu.

A única relação entre ambos os filmes, o clássico e o atual, é uma leve semelhança com a história. Um rapaz, que apanha dos valentões do colégio por causa de uma menina, começa a aprender artes marciais com o zelador do prédio onde vive. Após dominar determinadas técnicas ambos se enfrentam em um torneio, onde no final, o bem vence o mal em uma luta dramática de proporções quase épicas. Nada novo, né?

Se o filme se chamasse “Kung Fu Kid” e o garoto tivesse um pouco mais de idade eu diria que o filme é muito bom, embora eu deva admitir que esse menino, Jaden Smith, é um puta ator. Para um ator mirim, conseguir o que ele consegue sofrer com os golpes e executar as manobras, é algo digno. Muito digno.

Devo dizer que gostei muito da motivação do Sr. Han ( o Miyagi dessa versão), para ele ser um solitário recluso. O treinamento do rapaz, aplicado a serviços do dia a dia foi muito bem explorado (diferente daquele papel de Daniel San lixando parede). Há uma pequena zoação com o lance de pegar uma mosca com o kuai zi (ou hashi), do filme anterior. Ah, e sobre o grand finale do original, usando uma posição de cisne que não faz parte do Karate, e que Daniel usa para ganhar o torneio... se lembram? Pois então, o jovem Dre, usa no final do torneio, uma posição que não pertence ao estilo que ele treino, mas a diferença é que dessa vez há um por quê da escolha e, acreditem se quiser, a explicação é até bonita para quem pratica Artes Marciais.

Não vou dizer que Karate Kid é um filmão, nem direi que todos tem de ir no cinema assistir, mas, caso ocorra, por favor, se dispam um pouco do pré-conceito para com o filme. Deixem as frases dos críticos de “Muito “kid” e nada de caratê” de lado, e embarquem na proposta, que no final vocês saíram satisfeitos. 

Iron Maiden - The Final Frontier

Resolvi postar, com a devida permissão, a resenha que o meu amigo Diogo "Preds" Assis fez sobre o novo álbum do Iron Maiden. Se assim como eu, você não mora nos States e nem foi um dos sortudos que receberam a sua cópia da pré-venda, só resta ler a resenha abaixo e torcer para que lançamento no Brasil ocorra logo! *rs


Conforme prometido, segue aqui o que achei de The Final Frontier, o último álbum do Iron Maiden.

No geral é um álbum muito bom. Melhor que os dois últimos (A Matter of Life and Death e Dance of Death). Porém ainda não passa a mesma força que a banda passava do primeiro álbum até o Fear of the Dark. Esquece. Não tem mais volta.

Aqui peço perdão a vocês. Essa crítica começa técnica e imparcial, porém, conforme fui ouvindo as músicas, fui levando mais pro lado emocional, que já está mais do que frustrado com a banda.


A primeira música, Satellite 15... The Final Frontier, pode ser dividida em duas. São tão distintas que não deveriam nem estar na mesma faixa.

Não existe palavra melhor para descrever Satellite 15 do que "surpreendente"! Ela pega todo mundo de surpresa pois é um som muito diferente de tudo o que a banda já fez. Adorei! Bem pesado e sombrio. Achei até que tivesse pego a música errada! Nota-se claramente a influência da carreira solo do vocalista Bruce Dickinson. Sem dúvida uma das melhores músicas pra começo de álbum, e nisso o Iron Maiden é bom!

Já conhecemos The Final Frontier há um tempo, quando a banda disponibilizou o clipe na Internet. A música é compatível com os últimos trabalhos do Iron Maiden. Heavy Metal levinho que mais parece Hard Rock. Sabem como é, né? Aquela forma básica! Verso, verso, pré-refrão, refrão, verso, pré-refrão, refrão, solo, verso, pré-refrão e refrão até o fim. Nada de head banging e com um refrão que não sai da cabeça, o que não necessariamente é uma coisa boa. Sem brincadeira! No final da música, o refrão "The Final Frontier" é repetido 12 vezes seguidas! 12 VEZES! Pelamordedeus! Acho que o Iron tem capacidade de encher melhor uma música do que ficar repetindo o refrão toda hora. Isso é coisa de banda inexperiente!

El Dorado também é conhecida do público pois foi o primeiro single disponibilizado pela banda. É boa mas nenhuma maravilha. Começa com as guitarras rolando soltas e a bateria quebrando tudo. Típico fim de música. Em seguida começa uma excelente cavalgada no baixo de Steve Harris e as guitarras com um riff pesado. Quando entramos no pré-refrão, ouvimos um solo ao fundo típico de Adrian Smith (eu acho que é ele) e o Bruce Dickinson elevando o tom da música, preparando-se pro refrão. No refrão, Bruce solta a voz e mostra porque é considerado o melhor vocalista do mundo - na minha opinião, melhor que ele, só o Freddie Mercury (Queen). Depois do solo, voltamos pra cavalgada. Ela me lembra muito (Ghost) Riders In The Sky da banda Spiderbait. A música termina com a mesma quebradeira do começo.

*** Já dá até pra imaginar como o Iron Maiden vai começar seus próximos shows. Palco vazio, luzes sombiras e Satellite 15 tocando. Aí a banda entra quebrando tudo com The Final Frontier e emendando com El Dorado. Alguém tem alguma dúvida? ***

A próxima música é Mother of Mercy. Tem começo lento, bem balada, mas o peso entra logo em seguida. A música é fraca. Nada demais. A única parte que gostei foi do pré-refrão que tem uma melodia legal. Achei o refrão é meio elevado demais. Cansa tentar cantar junto.

Em seguida vem Coming Home. Baladinha muito legal quem lembra muito Tears of the Dragon da carreira solo do Bruce. Dá até pra imaginar o Bruce se jogando nas ondas! Hehehe! O solo tem aqueles típicos dedilhados de fundo na primeira parte, e uma segunda parte mais pesada. A música é boa, do tipo que toca em rádio.

The Alchemist é mais uma fraca. Pesadinha mas não empolga. Parece que só está no álbum só pra encher linguiça. Mais uma naquele estilo chato que o Iron Maiden usou nos álbuns Dance of Death e A Matter of Life and Death.

Isle of Avalon tem um começo promissor. Cheguei a pensar que viria uma nova épica como Alexander the Great, The Loneliness of a Long Distance Runner (Somewhere in Time) ou Seventh Son of a Seventh Son (Seventh Son of a Seventh Son). Mas, por algum motivo, ela não empolga muito. É equilibrada. Talvez até demais. É uma daquelas "Ah! É maneira, mas... vamos ouvir a próxima". Hehehe!

Quando ouvi Starblind achei que a música anterior não tinha acabado. Igualzinha! Começa baladinha pra só depois entrar o peso. Acho que a banda viu que o público gostou do que eles fizeram em The Longest Day (A Matter of Life and Death) e decidiram colocar no álbum todo! Hehehe! O riff principal até que é legal e bem feito! O solo na metade também é bom. Na verdade, a música só é boa no meio (solo) porque depois volta pra parte chata e enjoativa. Refrãozinho chato da porra!

The Talisman começa com mais daqueles dedilhados chatos e vocal baixo, mas depois se torna uma música muito boa! Cavalgada excelente e vocal forte! O baixo de Steve Harris mais rápido do que nunca combinando com o bumbo duplo do Nicko McBrain. Sempre gostei dessa combinação! Nicko falou uma vez que, geralmente, o baixo é quem acompanha a bateria, mas que no caso do Iron Maiden, é o contrário. É vero! Se não fosse pelo começo chatinho, essa seria a melhor música do álbum.

Ah, não! The Man Who Would Be King começa com aqueles dedilhados chatos do Steve Harris! PQP! Quando eu achei que o álbum estava pra ficar bom de verdade, vem esse treco! Mais versos massantes, muitos instrumentos mas nada empolgante! Meu Deus! A mesma fórmula de todas as músicas que NÃO GOSTAMOS!

Então finalmente chegamos a When the Wild Wind Blows. Adivinhem só, a música começa lenta e... isso! Começa o peso! DE NOVO! Aff! A fórmula não muda! Ao menos dessa vez, o peso é empolgante e a música é legal de se ouvir. Mas novamente, nenhuma maravilha. Ela termina lentinha com um som de vento ao fundo... desaparecendo... sumindo sob as dunas do deserto do Heavy Metal.

Steve Harris sempre disse que só faria 15 álbuns. Bom, esse é o 15° e se chama "The Final Frontier", o que nos leva a crer que esse pode ser o último álbum de estúdio do Iron Maiden. Uma pena. Eu sempre achei que as boas bandas deveriam seguir o princípio de que "It's better to burn out than to fade away".

Portanto, a melhor forma de lembrar do Iron Maiden, será ouvir os álbuns do começo até "Fear of the Dark", a carreira solo do Bruce Dickinson, talvez uma ou outra dos álbuns seguintes e do show da turnê "Somewhere Back in Time". Prefiro lembrar deles dessa forma do que pelos últimos fiascos.

Enquanto isso, Dream Theater continua liderando disparado como minha banda favorita! :D

-- Diogo Assis

Do texto do Diogo eu só mudaria o fato de que Dream Theater não é minha banda favorita he he he mas tudo bem =D